HISTÓRIA, CULTURA E TRADIÇÃO


HISTÓRIAL DO DISTRITO

O Distrito de Mutarara foi criado como circunscrição civil em 1930, integrando os Postos Administrativos de Chindiu e Ancuaze, nos termos do artigo 1o do Diploma Legislativo da Colónia de Moçambique no 255, de 23 de Agosto de 1930, que integrou os prazos dos extintos Distritos de Quelimane e Tete, arrendados às companhias de Sena Sugar States, da Zambézia, á Société de Madal, entre outros.

Foi elevado a categoria de Distrito a 18 de Janeiro de 1975, pelo Decreto Lei n°6/75, do Governo de Transição de Moçambique, criando os Postos Administrativos de Inhamayabué, Dôa, Charre e Inhangoma. A sua sede Nhamayabue em tempo conhecida por Dona Ana, foi criada como Conselho Executivo em 1964, pela portaria no 17.753, de 22 de Abril.

Pela resolução no 8/87, de 25 de Abril, do Conselho de Ministros da então República Popular de Moçambique, foi classificado Distrito de 1a classe, e a sua sede Nhamayabue elevada a categoria de Vila, pela resolução nº9/87, de 25 de Abril, do Conselho de Ministros.


Em Nhamayabue, antiga vila Dona Ana, onde foi erguida uma das mais bela e gigantesca arquitectura ferroviária sobre o rio Zambeze, considerada uma das maiores do Continente africano, possui uma extensão de 3,6 km. Liga o Distrito de Mutarara e a Sede do Posto Administrativo de Sena. Conhecida por Ponte Dona Ana, nome de uma famosa cidadã de nacionalidade moçambicana que durante o período de construção desta magnífica infra-estrutura, se tinha fixado na margem esquerda do rio Zambeze, no bairro hoje é conhecido por Agriza em Mutarara. Tinha um Restaurante e um Aviário. Preparava comida para quase todos os trabalhadores envolvidos nas obras.

Na altura maior parte dos cidadãos usava via fluvial para chegar a cidade de Tete até ao Zumbo, alguns com destino a Zâmbia e para outros países da áfrica ocidental. Sena e Dona Ana eram as únicas locais onde os marrinheiros descansavam com os seus barcos. Actualmente a Ponte foi atribuida o nome de Eduardo Mondlane, mas pouco conhecido pelos seus habitantes e beneficiarios.

Na zona actualmente conhecida por Mutarara Velha, existia uma grande concentração de frondosas árvores chamadas “Ntalala” que, de acordo com os relatos dos anciãos locais, terá dado origem à designação Mutarara (1a geração do PEDD 2007 – 2011).

CULTURA DO DISTRITO

 O maior grupo linguístico de Mutarara é o Sena. As principais danças praticadas são: Utse e Valimba, batcha, sendo as suas práticas usuais nos ritos de iniciação (massesseto e chinamuali).

Línguas faladas

As línguas mais faladas são: Cissena e Cinyungwe, seguido do cicheua falado em Charre, devido a sua localização ao longo da linha da fronteira com o Malawi.

A língua portuguesa é usada como importante meio de comunicação entre os falantes dos diferentes idiomas.

Estima-se que 75% da população do distrito, sobretudo jovem com menos de 10 anos de idade não fala ou não sabe falar fluentemente o português, sendo o seu conhecimento preferencial nos homens, dada a maior inserção na vida social e escolar e no mercado de trabalho.

TRADIÇÃO DO DISTRITO



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